Cecilia Barroso

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As Aventuras do Barão Munchausen

In eric idle, john neville, jonathan pryce, oliver reed, robin williams, sarah polley, sting, terry gilliam, uma thurman on 30 de novembro de 2006 at 03:17

(The Adventures of Baron Muchausen, ING/ALE, 1988)

Fantasia/Aventura

Direção: Terry Gilliam

Elenco: John Neville, Eric Idle, Charles McKeown, Winston Dennis, Jack Purvis, Sarah Polley, Oliver Reed, Jonathan Pryce, Uma Thurman, Robin Williams, Sting, Terry Gilliam

Roteiro: Rudolph Erich Raspe, Gottfried August Bürger (romance), Charles McKeown, Terry Gilliam (Roteiro)

Duração: 126 min.

Nota: 8/10

O filme é uma deliciosa fábula a ser apreciada por adultos e crianças de todas as idades. É certo que as histórias do Barão de Munchausen carregam consigo uma certa dificuldade de adaptação, mas isso quase não se nota. O espectador fica envolvido do começo ao fim e, de certa forma, se integra ao delírio.

O longa conta com uma excelente atuação de John Neville como o Barão e com a graça de Sarah Polley como a menininha curiosa. Além disso, tem em seu elenco Oliver Reed, Uma Thurman, Sting, Robin Williams, Jonathan Pryce e Eric Idle. Não se pode esquecer também da rápida participação do diretor Terry Gilliam como o cantor irritante.

O uso de cores vivas e cenários que fazem lembrar os sonhos de infância também são inesqueciveis.

Esse é o motivo do filme ser uma delícia: uma mistura de loucura e grandes atores sob a batuta de um integrante do Monty Python. Porém, não vai agradar nada aqueles que não gostam de viajar.



Prêmios e indicações
(as categorias premiadas estão destacados)

Oscar: Direção de Arte (Dante Ferretti, Francesca Lo Schiavo), Figurino (Gabriella Pescucci), Efeitos Especiais (Richard Conway, Kent Houston), Maquiagem (Maggie Weston, Frabrizio Sforza)

BAFTA: Figurino (Gabriella Pescucci), Maquiagem (Maggie Weston, Frabrizio Sforza), Cenografia (Dante Ferretti), Efeitos Especiais (Richard Conway, Kent Houston)

A Era do Gelo

In carlos saldanha, chris wedge on 30 de novembro de 2006 at 03:09

(Ice Age, EUA, 2002)

Animação/Infantil

Direção: Chris Wedge (com co-direção de Carlos Saldanha)

Roteiro: Michael J. Wilson(argumento), Michael Berg, Peter Ackerman (roteiro), James Bresnahan, Galen T. Chu, Doug Compton, Xeth Feinberg, Jeff Siergey, Mike Thurmeier (história adicional)

Duração: 81 min.

Nota: 8/10

Um bom passatempo para crianças grandinhas e para os papais que têm que acompanhá-las. Não é “Shrek”, que pode ser visto sem nenhum problema só por adultos, e nem “Monstros S.A.”, que encanta a crianças bem pequenininhas.

O filme conta a história de uma mamute amargurado, que decide não migrar com os outros animais para um lugar mais quente. No meio do caminho, ele salva uma preguiça do ataque de dois rinocerontes e encontra um bebê. Um tigre dente-de-sabre quer levar a criança para ser comida por seu bando, mas o grandão e a preguiça decidem tentar devolvê-la aos pais.

A história é bonitinha e animada. Fala de maneira singela da amizade, emociona e leva o público às gargalhadas. A dublagem está excelente com Diogo Vilela (como o mamute Manfred), Tadeu Mello (como a preguiça Sid) e Márcio Garcia (como o tigre traíra Diego). Tadeu Mello dá um show a parte e arranca muitas gargalhadas da platéia, assim como o esquilinho com dentes de sabre, que só pensa em salvar a sua noz.

A animação ainda apresenta algumas limitações. Depois de assistir aos dois filmes citados acima ficava difícil para qualquer um. Basta lembrar da movimentação dos pêlos do Sullivan em “Monstros S.A.” e da perseguição do dragão em “Shrek”. A trilha sonora também não é nada marcante. Mas não dá pra comparar um primeiro trabalho com dois gigantes do cinema de animação (Disney e Dreamworks, respectivamente). Desse ângulo “A Era do Gelo” supera as espectativas e promete muito mais diversão para um futuro bem próximo!



Prêmios e indicações
(as categorias premiadas estão em negrito)

Oscar: Animação

O Homem que Não Estava Lá

In billy bob thornton, ethan coen, frances mcdormand, james gandolfini, joel coen, michael badalucco, scarlett johansson, tony shalhoub on 30 de novembro de 2006 at 02:51

(The Man Who Wasn’t There, EUA/ING, 2001)

Drama

Direção: Joel Coen, Ethan Coen

Elenco: Billy Bob Thornton, Frances McDormand, Michael Badalucco, James Gandolfini, Scarlett Johansson, Tony Shalhoub

Roteiro: Joel Coen, Ethan Coen

Duração: 116 min.

Minha Nota: 8/10

Uma mistura de Hitchcock, Lolita, OVNI’s e lavagem a seco. Isto é “O Homem Que Não Estava Lá”, escrito e dirigido por Joel Coen e seu irmão Ethan. O humor e a sensibilidade da dupla continuam inconfundíveis e dessa vez contam com a ajuda da sensacional fotografia de Roger Deakens e de um elenco pra lá de maravilhoso.

Ed Craner (Billy Bob Thornton) é o segundo barbeiro da barbearia de seu cunhado Frank (Michael Badalucco), onde só os dois trabalham. Sua esposa, Doris (Frances McDormand), é contadora da loja de magazine de Big Dave (James Gandolfini) e Ed desconfia que os dois tenham um caso.

O barbeiro acaba tentando se aproveitar do romance para conseguir o dinheiro que financiará sua lavanderia a seco. Tudo acaba em morte, prisão e muitos desencontros. É quando surge Freddy Riedenschneider (Tony Shalhoub), um advogado que fala rápido e divaga sobre filosofia.

O filme conta com todos os ingredientes típicos do filme noir. Uma pessoa comum (quase menos do que o comum) acaba envolvendo-se em um crime e narra sua história aos espectadores. Uma mulher infiel e interessada em uma ascensão financeira, o humor negro, a ironia e a falta de sorte. Além de muito cigarro e da fotografia em preto-e-branco.

A vida de Ed caminha sempre para o fundo mas ele não deixa de se entusiasmar, como quando se interessa por Birdy Abundas (Scarllett Johansonn) e tenta se aproximar dela usando como desculpa um talento que não existe, ou quando fica interessado na lavagem a seco e torna-se sócio de Craighton Tolliver (Jon Polito), numa cena impagável.

Joel e Ethan Coen continuam a frente de seu tempo e de seu país. Demonstram isso quando conseguem transmitir tantos sentimentos através de seus filmes, quando conseguem falar da morte de modo tão delicado e sutil e quando nos permitem experiências, como essa, inesquecíveis.

Após os trailers de “Blade II” (com o caça-vampiros Wesley Snipes mais veloz e mais afiado do que nunca) e “On The Line” (com um rapaz que procura o amor de sua vida ao som de N’Sync), “O Homem Que Não Estava Lá” nos faz constatar algo interessante: Sim! Existe vida inteligente em Hollywood!



Prêmios e indicações
(as categorias premiadas estão em negrito)

Oscar: Fotografia (Roger Deakens)

BAFTA: Fotografia (Roger Deakens)

Cannes: Direção (dividido com David Lynch por Cidade dos Sonhos), Palma de Ouro

César: Filme de Língua Estrangeira

Globo de Ouro: Filme de Drama, Ator (Billy Bob Thornton), Roteiro

Acertando as Contas com Papai

In glenne headly, hector elizondo, howard deutch, macaulay culkin, saul rubinek, ted danson on 30 de novembro de 2006 at 02:39

(Getting Even with Dad, EUA, 1994)

Comédia

Direção: Howard Deutch

Elenco: Macaulay Culkin, Ted Danson, Glenne Headly, Saul Rubinek, Hector Elizondo

Roteiro: Tom S. Parker, Jim Jennewein

Duração: 109 min.

Minha Nota: 5/10

Mais um filminho de Sessão da Tarde. Nada de mais, mas é bonitinho.

Ao comparar a interpretação, Ted Danson leva um banho do pequeno Macaulay Culkin, o eterno “Esqueceram de Mim”, e que nem está tão bem assim no papel*. Mas, até aí, não há surpresa alguma.

A história é bem bobinha e totalmente previsível, mas acerta no tema, pois parece que falar de relações familiares (principalmente paternas) faz a cabeça dos estadunidenses.

Uma diversão sem compromisso. Tão sem compromisso que é difícil lembrar que o filme já foi visto por você.



Prêmios e indicações
(as categorias premiadas estão em negrito)

Framboesa: Pior ator (Macaulay Culkin – também indicado, neste ano, por Riquinho e o Mestre da Fantasia)

* Observação incluída depois que o filme reprisou novamente na tv.

Das antigas…

In administrativo, informe on 30 de novembro de 2006 at 02:32

Antes de ter um blog, ou qualquer coisa do gênero, adorava escrever críticas dos filmes que assistia. Por ter muita vergonha, tudo ficava guardado e ninguém além de mim estava autorizado a ver o que estava ali.

Com o tempo, fui ficando velha e resolvi que escreveria algumas coisas na internet, mas, para isso, usaria o nome de Cecilia Bernardi (sobrenome da minha saudosa bisa). Assim, ninguém me reconheceria.

Agora, mais velha ainda, resolvi assumir a minha verdadeira identidade, escrevo pra todo mundo ler e não me incomodo tanto com o que os outros pensam disso.

As críticas secretas foram todas para o lixo, já que ninguém consegue guardar tanto papel assim e hoje, por acaso, encontrei algumas das que foram postadas no site Adoro Cinema. Vou colocar aqui, só por curiosidade mesmo, como uma lembrança de um passado distante.